terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Medo

Ao falarmos de medo, algumas considerações se fazem necessárias a priori, categorizando o medo como uma emoção e a emoção é um estado do corpo, o que uma pessoa sente relaciona-se a eventos dos três sistemas nervosos (interoceptivo, proprioceptivo e exteroceptivo), segundo o psicólogo americano Skinner os sentimentos e os comportamentos são ambos causados por histórias genéticas e ambientais em conjunto com a situação presente.
Porém o medo não é só uma resposta das glândulas e dos músculos lisos, mas também uma possibilidade reduzida de movimento em direção ao objeto temido e uma alta probabilidade de afastamento dele, ou seja, diante de um contexto coercitivo, há uma tendência natural de fugirmos (quando o evento aversivo está presente) ou de esquivarmos (quando o evento aversivo não está presente, mas o evitamos) e a isso podemos chamar de MEDO.

O trabalho pioneiro de Darwin constituiu uma das primeiras fontes de informação sobre as emoções dentro da perspectiva evolucionista. Foram descritas reações de medo, choro, dor, ansiedade, mau humor, horror, raiva, dentre outras, considerando suas origens evolucionárias em relação a sua utilidade biológica. Darwin descreveu as topografias e as reações respondentes nas quais as emoções são expressas. Reações de fuga ou luta, provenientes do medo, por exemplo, tinham a função de salvar as vidas de muitos animais na historia da evolução, assim, sobretudo o medo é um comportamento defensivo diante de algo que causa estranheza.