sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Comprometer

Como é difícil pensarmos nessa palavra "comprometimento" na contemporaneidade, como é complicado aspirar nos comprometermos com uma pessoa se tudo é descartável, se há uma variabilidade tão grande de opções e facilidade ao acesso.
Em uma sociedade que ultrapassa os limites territoriais, onde não existem mais barreiras para informação, a tecnologia inova a cada instante, fazendo nós criarmos necessidades imprescindíveis de ter um determinado aparelho  que até então não precisávamos e não nos fazia falta, os celulares contam com inúmeras funções, no entanto a sua função inicial que fora a ligação entrou em decadência, as pessoas não querem mais esse tipo de contato tão pessoal, é mais fácil a virtualidade, mandar um "emotion", uma mensagem por "whats app", ao sairmos há uma preocupação maior em tirar uma boa selfie, com uma legenda de impacto, para fazer com que o outro que está em casa fique com inveja do que realmente se divertir com a companhia que se está no momento.....E o que se esperar das relações afetivas, com a profusão de redes sociais, é como um grande cardápio, mal degustamos o prato principal e já estamos de olho nos aperitivos, aquele que nos tem a oferecer um corpo mais torneado a face mais bonita e consequentemente causar mais desejos alheio é claro que isso dosado com uma grande enxurrada de "te amo", mas quando a relação se torna mais profunda, complexa é o momento de abrir novamente o cardápio e selecionar o novo prato, visto que esse não serve mais, sua vida útil já se esgotou...