domingo, 14 de outubro de 2012

Confusões II

Nossa depois de tanto tempo sem escrever uma mísera palavra aqui.....esse final de semana senti muita vontade de escrever.......( é talvez signifique algo!!!)
Quando vc se sente sozinho, incompreendido por muitos e talvez até por vc mesmo, não lhe resta muita coisa, nem muitas opções de extravasar essas angustias e nesse desespero acaba recorrendo a certos meios que outrora não lhe agradava...
Neste blog expus muito mais minha dor e conflitos internos que a felicidade, que para mim pode ser que não exista, (de fato isso também pode ser alvo de interpretação.....)
A gente passa a vida toda buscando por essa tal de felicidade que muitas vezes se deixa levar por certos comodismos, aceitando migalhas de pessoas  por pensar que isso é a verdadeira felicidade e sentindo-se tão inferior ou culpada acaba por se conformar em  não merecer o inteiro, o que se tem de melhor, algumas pessoas falaram que é falta de fé, que em Deus encontraremos a razão de todas as coisas e a única felicidade possível, outras falarão que a felicidade está em nós mesmos, se não encontramos é porque não sabemos onde procurar, mas as vezes é tão mais fácil se vitimizar colocar no outro a causa de sua infelicidade ou ainda que não foi possível dados aos meu recursos disponíveis e ao meio em que estou inserido, é muito mais difícil do que se pensa sair dessa zona de conforto, se nos dão migalhas é porque deixamos e constatar isso gera um sentimento maior de incompetência e de não merecimento que acaba retornando a esse ciclo vicioso........
Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento. 

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes 

E definindo esse "quero vivê-lo em cada vão momento", como a sua presença é (reforçamento positivo), em outros termos felicidade, alegria, ou qualquer termo similar, a sua ausência trás privação e dessa forma antagonizando o grande poeta, como é difícil aceitar essa finitude.........

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Coliseu ou octógono

Esses dias estava assistindo um filme que retratava Roma antiga, em especial o Coliseu e a política do "pão e circo" vigentes na época, as lutas sangrentas entre os gladiadores que eram assassinados ou mutilados jorrando sangue por toda arena e aqueles que conseguiam a sobrevivência deliciavam-se da glória e apreciação do público que assistia extasiado, ovacionando os que permaneciam em pé, alienados de toda a política e economia....Fiquei em um estado de contemplação, a principio indignada com a atrocidade e a maldade humana de ver o outro sofrendo e com isso se alegrar, aplaudir e até comemorar, no entanto me senti hipócrita de estar sentindo tal indignação, pois o que é o MMA que eu adoro tanto, se não um espetáculo sangrento, onde torcemos para que o outro apanhe, sangre e caia de preferencia com um nocaute e enquanto nos distraímos ocorre todo o tipo de corrupção, de exploração e carnificinas.....