terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Medo

Ao falarmos de medo, algumas considerações se fazem necessárias a priori, categorizando o medo como uma emoção e a emoção é um estado do corpo, o que uma pessoa sente relaciona-se a eventos dos três sistemas nervosos (interoceptivo, proprioceptivo e exteroceptivo), segundo o psicólogo americano Skinner os sentimentos e os comportamentos são ambos causados por histórias genéticas e ambientais em conjunto com a situação presente.
Porém o medo não é só uma resposta das glândulas e dos músculos lisos, mas também uma possibilidade reduzida de movimento em direção ao objeto temido e uma alta probabilidade de afastamento dele, ou seja, diante de um contexto coercitivo, há uma tendência natural de fugirmos (quando o evento aversivo está presente) ou de esquivarmos (quando o evento aversivo não está presente, mas o evitamos) e a isso podemos chamar de MEDO.

O trabalho pioneiro de Darwin constituiu uma das primeiras fontes de informação sobre as emoções dentro da perspectiva evolucionista. Foram descritas reações de medo, choro, dor, ansiedade, mau humor, horror, raiva, dentre outras, considerando suas origens evolucionárias em relação a sua utilidade biológica. Darwin descreveu as topografias e as reações respondentes nas quais as emoções são expressas. Reações de fuga ou luta, provenientes do medo, por exemplo, tinham a função de salvar as vidas de muitos animais na historia da evolução, assim, sobretudo o medo é um comportamento defensivo diante de algo que causa estranheza. 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Comprometer

Como é difícil pensarmos nessa palavra "comprometimento" na contemporaneidade, como é complicado aspirar nos comprometermos com uma pessoa se tudo é descartável, se há uma variabilidade tão grande de opções e facilidade ao acesso.
Em uma sociedade que ultrapassa os limites territoriais, onde não existem mais barreiras para informação, a tecnologia inova a cada instante, fazendo nós criarmos necessidades imprescindíveis de ter um determinado aparelho  que até então não precisávamos e não nos fazia falta, os celulares contam com inúmeras funções, no entanto a sua função inicial que fora a ligação entrou em decadência, as pessoas não querem mais esse tipo de contato tão pessoal, é mais fácil a virtualidade, mandar um "emotion", uma mensagem por "whats app", ao sairmos há uma preocupação maior em tirar uma boa selfie, com uma legenda de impacto, para fazer com que o outro que está em casa fique com inveja do que realmente se divertir com a companhia que se está no momento.....E o que se esperar das relações afetivas, com a profusão de redes sociais, é como um grande cardápio, mal degustamos o prato principal e já estamos de olho nos aperitivos, aquele que nos tem a oferecer um corpo mais torneado a face mais bonita e consequentemente causar mais desejos alheio é claro que isso dosado com uma grande enxurrada de "te amo", mas quando a relação se torna mais profunda, complexa é o momento de abrir novamente o cardápio e selecionar o novo prato, visto que esse não serve mais, sua vida útil já se esgotou...